Love at the first sting (Scorpions, 1984)
Scorpions é uma daquelas bandas que você acaba ouvindo, por bem ou por mal. No mesmo dia em que descobri que tinha rock correndo solto nas minhas veias, naquela festa na casa de um primo metaleiro, quando ouvi Ozzy pela primeira vez, também ouvi Scorpions. O disco, recém lançado na época, era Love at first sting, importado por um dos fanáticos pela banda.
Confesso que a primeira música que me chamou a atenção foi a balada Still Loving You, ainda mais porque estava de paquera com uma menina paranaense, prima dos meus primos, pelo outro lado da família, então a música servia como pretexto para uns agarrões. Mas voltemos ao tema.
Um tempo depois de conhecer Scorpions, comprei o LP Love at the first sting e confesso que gostei do que ouvi. A sonoridade da banda é excelente e o disco só deixa a desejar em alguns pontos, mas no geral, é agradável de curtir.
As duas primeiras faixas já arrebatam logo de cara. Bad Boys Running Wild e Rock You Like a Hurricane são para sacudir a cabeleira logo de cara. As guitarras de Matthias Jabs e Rudolf Schenker ditam o peso das canções, gritadas por Klaus Meine. Deixe sua mãe maluca. A minha ficava.
O riff inicial de I'm Leaving You lembra (eu disse LEMBRA) a abertura de Beat it, do Michael Jackson, talvez por isso não tenha caído nas minhas graças, mas a sequência com Coming Home, traz o estado natural das coisas de volta, apesar do começo meio baladinha, a faixa engrena do meio pro final.
The Same Thrill é peso puro. Uma canção bem trabalhada com os solos quase constantes dominando a música do começo ao fim, além do velho refrão em coro, um clássico do metal. Em seguida vem Big City Nights, que dispensa qualquer comentário. Para mim, a melhor do disco, junto com Rock You Like a Hurricane. As Soon as the Good Times Roll é meio decepcionante, mas os alemães se recuperam com Crossfire, letra ótima, solos perfeitos e a bateria de Rarebell ditando o ritmo lá atrás. muito boa.
Para fechar, a mela-cueca Still Loving You. Não subestimem a canção só porque fala de amor, afinal, como dizia o Língua de Trapo, "os metaleiros também amam". Enfim, Still... tem uma pegada excelente, mesmo sendo uma balada. As guitarras novamente em perfeita sincronia, começam com tudo e quando entra a cozinha, então, o negócio fica melhor ainda.
Love at a first sting pode não ser o melhor álbum dos Scorpions, mas não há dúvidas que ele representa um marco na carreira da banda, que a partir desse disco ganhou o mercado estadunidense de vez. Vale a pena conferir, com certeza.
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